O setor de energia solar deverá adicionar mais de 13,2 GW de potência instalada no Brasil em 2025, chegando a um total acumulado de mais de 64,7 GW – o que representa um crescimento da ordem de 25% sobre os atuais 51,5 GW.

Os dados fazem parte de uma projeção divulgada pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) nesta quarta-feira (11). Os números incluem as expectativas que a entidade tem de crescimento para os segmentos de geração distribuída e centralizada no país para o próximo ano.

O Brasil atingiu em novembro um marco histórico ao superar 50 gigawatts (GW) de capacidade instalada em energia solar, tornando-se o sexto país no mundo a alcançar esse patamar, ao lado de China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão. Segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012, o setor trouxe ao Brasil mais de R$ 229,7 bilhões em investimentos e R$ 71 bilhões de arrecadação aos cofres públicos.

O balanço considera o acumulado entre a geração distribuída via pequenos e médios sistemas (33,5 GW) e as grandes usinas solares (16,5 GW). Minas Gerais é o estado brasileiro que, em 2024, lidera a implementação de usinas fotovoltaicas (UFV) centralizadas, com 64 usinas em operação e uma capacidade instalada de 2.666 megawatts (MW), representando investimentos de R$ 12,9 bilhões.

A nova diretoria da APER participou, nesta quinta-feira (31), de uma reunião com a Cosern, com pautas relevantes em temas do setor, como: transparência, complexidade das normas e desafios na regulamentação. Os membros da nova diretoria foram recebidos pelo Superintendente de Relacionamento com Clientes, Júlio César Linares Giraldi e os membros da equipe técnica: Givanildo Batista - Gerente de relacionamento de grandes clientes, e Francis Mary - Gerente de Planejamento Grandes Clientes.

Na ocasião, o presidente da APER, Williman Oliveira abordou questões como o PL 671/2024, que proíbe a exploração econômica e a produção de energia elétrica por meio de minigeração distribuída ou microgeração por concessionárias de energia elétrica ou por suas controladoras, coligadas ou controladas. Também foram abordadas questões de prazos e interpretações divergentes sobre normas de cobrança de demanda de geração, destacando a importância de uma comunicação clara com os clientes para reduzir incertezas jurídicas.

De acordo com especialistas em energia solar, a ausência de manutenção preventiva e corretiva nas placas solares pode causar uma série de problemas, como risco de incêndios devido a falhas elétricas e perda de capacidade de geração de energia – um problema que pode chegar a reduzir a eficiência do sistema em até 25%. Isso ocorre principalmente pelo acúmulo de sujeira, poeira e até resíduos, que prejudicam a absorção da luz solar.

Devido a políticas de apoio e economia favorável, a capacidade de energia renovável do mundo deve aumentar no restante desta década, com adições globais a caminho de quase igualar a capacidade atual da China, União Europeia, Índia e Estados Unidos juntos, de acordo com um novo relatório da IEA (Agência Internacional de Energia) divulgado nesta quarta-feira (09).

O estudo concluiu que o mundo deve adicionar mais de 5.500 GW de potência instalada em energia renovável entre 2024 e 2030 — quase três vezes o aumento observado entre 2017 e 2023. Em termos de tecnologias, prevê-se que a solar fotovoltaica sozinha seja responsável por 80% do crescimento da capacidade renovável global até 2030 – resultado do aumento nas instalações de GC (geração centralizada) e de GD (geração distribuída).

No Rio Grande do Norte, a quantidade acumulada de sistemas de energia solar conectados à rede elétrica alcançou 76.071 unidades, em agosto de 2024. Os números, divulgados pela Associação Potiguar de Energias Renováveis – APER, revelam que em julho, foram 2.943 novas conexões; e em agosto, 2.797, representando os dois meses com maior quantidade de conexões de toda a série histórica.

O financiamento bancário, para o qual recorrem cerca de 60% a 70% das pessoas físicas e jurídicas que decidem investir em Energia Solar distribuída, é considerado um fator primordial para o crescimento do setor, conforme a Associação Potiguar de Energias Renováveis - APER.

Os bancos privados, principalmente, e as cooperativas de crédito têm sido dois dos principais responsáveis pelo financiamento da grande maioria dos projetos no RN.

Nesta terça-feira, 16 de julho, a APER reuniu seus associados na sede do Sebrae/RN para anunciar mais um benefício exclusivo oferecido pela associação. A diretoria fechou uma parceria estratégica com a AGN - Agência de Fomento do Rio Grande do Norte, que oferecerá linhas de crédito especiais para viabilização dos projetos de GD.

“A parceria de fato é para que as associadas da APER possam viabilizar seus projetos de energia solar através dos créditos, das linhas de crédito ofertadas pela AGN e dentro dessas linhas se destacam o microcrédito para a MEI, pequena empresa, que tem recursos até R$ 21 mil reais sem juros”, explica Cassio Maia. 

Com uma programação ampla, imersiva e com alto nível de conhecimento, o EVEx Brasil 2024 – Natal Energy Experience foi realização em Natal, com debates imprescindíveis em torno da temática central “Transição Energética Justa e Industrialização Verde: na rota ibero-latino-americana”. O evento recebeu importantes agentes dos mercados do Brasil e Portugal, autoridades, representantes de vários setores de energia e da sociedade em geral. 

A APER esteve participando do EVEx Brasil 2024, através do seu presidente Cássio Maia, que também estava como presidente do conselho consultivo da ANER, além de Rudinei Miranda, Presidente da ANER (associação nacional das entidades representativas das energias renováveis), Helane Souza, vice-presidente de relações institucionais da ANER e o presidente AMESolar (Amazonas), Alvaro Deda, Representando a  ASSESSolar (Sergipe).